segunda-feira, 12 de abril de 2010

Praia de Santa Cruz volta ao mar

Depois de quase um mês parados para inspecção por parte das autoridades norueguesas, por suspeita de peixe a bordo não declarado, o navio bacalhoeiro Praia de Santa Cruz rumou hoje para alto mar.
Ao contrário do que as autoridades suspeitavam, o navio não trazia peixe não declarado. A carga dos porões foi descarregada para fora e pesada, contudo não se comprovaram as suspeitas iniciais de cerca de 30 toneladas de bacalhau em excesso.
As constantes, longas e rígidas inspecções por parte das autoridades norueguesas feitas a navios Portugueses já são bem conhecidas. Apesar de em alguns casos se terem verificado irregularidades, o tempo e dinheiro gastos com o navio parado tanto tempo, quando nada se passa, causa grandes dificuldades para os armadores que já fazem um grande esforço por os manter a navegar.

É triste ver organizações como a Greenpeace a chamarem a navios como este de navios pirata... Piratas são os da Somália, que não têm problemas em matar quem quer que seja para se apoderarem de um navio. As coisas têm de se ditas com ponderação! É verdade que um arrastão danifica os solos do mar com as redes, destruindo habitats e seres vivos, mas daí a ser pirata vai um longo caminho.

Mas é como tudo na vida, tudo tem um interesse económico por trás, e não nos podemos esquecer que a Noruega é um dos países mais interessados em ter o controlo total da pesca do bacalhau, e que Portugal é dos que mais o consome. Só aqui há qualquer coisa em que vale a pena pensar, como diz o senhor da Radio Renascença ou da RFM.

Perto da mesma altura da inspecção ao Praia de Santa Cruz, outro arrastão português o "Santa Isabel" foi inspeccionado também, e devido a algumas irregularidades perdeu a licença de pesca na Zona Económica Exclusiva norueguesa.

Fontes:


Até à próxima!
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2 comentários:

  1. "É triste ver organizações como a Greenpeace a chamarem a navios como este de navios pirata... Piratas são os da Somália, que não têm problemas em matar quem quer que seja para se apoderarem de um navio"

    Um dos problemas da Greenpeace, comum a outras organizações ambientais, é o extremismo. Às vezes interessam-se mais pelo facto de uma planta ser pisada, do que pelo facto de uma pessoa morrer.

    À parte isso, e os infelizes prejuízos que os navios portugueses têm com as fiscalizações, sou totalmente a favor de controlo apertado, mas para todos, e não só para os portugueses.

    Roberto

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  2. Caro Roberto,

    Muito obrigado pelo comentário.

    Concordo plenamente, este tipo de fiscalização dura tem de ser igual para todos, sejam noruegueses, portugueses, russos, etc. Não sou contra as fiscalizações como é óbvio, no entanto faz-me é confusão ver que há maior incidência em certos navios do que noutros.

    Cumprimentos.

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