terça-feira, 25 de setembro de 2012

Evacuação médica de um tripulante do navio de pesca “Brites”


 O Centro Coordenador de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), recebeu este sábado, dia 22 de setembro, o pedido de evacuação médica de um pescador português, de 45 anos, que apresentava sintomas de apendicite, da embarcação de pesca portuguesa “Brites, que navegava a cerca de 400 quilómetros a Sudeste do Cabo Race, Canadá.


De imediato, e de acordo com as normas e procedimentos em vigor, em articulação com o INEM (Centro de Orientação de Doentes Urgentes – Mar) e com o JRCC Halifax foram desencadeadas as ações necessárias para a evacuação médica, tendo o MRCC Lisboa passado a coordenação da operação para o respetivo centro, JRCC Halifax.

O navio de pesca foi divergido para as proximidades de uma plataforma petrolífera, “Hibernia”. Uma aeronave C-130 da Força Aérea do Canadá, efetuou as buscas iniciais da embarcação de pesca, após a sua deteção transmitiu a posição para o helicóptero CH-149, tendo este procedido ao resgate do pescador, numa posição a 360 quilómetros a Este do cabo Race. Posteriormente o pescador foi transportado para o Health Sciences Center – St. John’s, Canadá, em situação estável.

Fonte: Marinha Portuguesa



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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Barcos do Museu



Barcos do Museu é uma exposição representativa das principais famílias de barcos que habitam nas coleções do Museu Marítimo de Ílhavo.

Os museus que falam do mar invocam a maritimidade de modos muito diversos. Mas é através dos barcos que guardam que os museus mais exprimem os múltiplos sentidos da identidade marítima. Ser do mar é senti-lo por conhecimento de experiência, gravando no corpo as proporções de um barco, de um apetrecho ou aparelho de caçada. Podemos ser do mar, também, se com ele construímos afiliações emotivas baseadas num sentimento estético ou resultantes do propósito racional de o decifrar e conhecer. Ser modelista ou artesão são coisas distintas. Construir um modelo assente em rigor de medidas ou na memória de formas são maneiras diferentes de ver e praticar o modelismo náutico.
O hábito ancestral de miniaturizar barcos e navios, prática que é hoje menos sagrada do que profana, supõe a necessidade de possuir um todo numa pequena porção de si; exprime o desejo de representar e ter um barco que só cabe no mar, mas que se procura reter em casa, na própria mão, ou no museu.

Barcos do Museu é uma exposição representativa das principais famílias de barcos que habitam nas coleções do Museu Marítimo de Ílhavo. Unidades em miniatura que resultam de doações de registo certo e incerto, muitas delas são modelos que remontam às origens do Museu, outras são de incorporação recente, fruto da reanimação da prática do modelismo náutico que o declínio das frotas de pesca e mercante acabou por gerar. Considerando os patrimónios do Museu e o território geocultural em que ele se insere, predominam as embarcações tradicionais da Ria de Aveiro. Outras se apresentam nesta exposição, incluindo as fluviais e estuarinas, além de alguns navios bacalhoeiros de pesca à linha.

Barcos do Museu é uma exposição celebrativa dos 75 anos de vida do Museu na medida em que convoca objetos de uma coleção que o tempo foi tecendo, entre a programação e o acaso. Num território onde a arte e o engenho modelistas sempre foram expressões contundentes da cultura do mar, esta exposição também significa uma homenagem a todos quantos deram ao Museu barcos que fizeram para si.

Álvaro Garrido - Museu Marítimo de Ílhavo


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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AIB preocupada com o futuro do sector de transformação do bacalhau.

O futuro do bacalhau, tal como é consumido e apreciado em Portugal, joga-se na próxima quinta-feira em Bruxelas, data da votação de uma proposta que, caso seja aprovada, ameaça acabar com o tradicional prato português.

O alerta partiu da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB), que está preocupada com as "consequências desastrosas" desta alteração legislativa proposta pela Noruega e pela Dinamarca, que visa permitir a utilização de polifosfatos em peixe de salga húmida. O secretário-geral da AIB, Paulo Mónica diz que "a proposta vai contra a legislação comunitária", sublinhando que o que está em causa é a possibilidade de "usar aditivos químicos num produto 100 por cento natural". E elencou várias consequências para as empresas. Primeiro, porque o método de deteção destes aditivos "é complexo, demorado e não está totalmente validado". Por isso, as empresas só vão saber se a matéria-prima que usam tem estes químicos ou não na altura da secagem. Depois, porque se contiver polifosfatos a secagem do bacalhau será muito mais demorada. "Nalguns casos, será o dobro do tempo, o que terá custos acrescidos com a energia", explicou Paulo Mónica.

Por outro lado, os consumidores "não vão ter aquilo que procuram e a que estão habituados". Os consumidores terão um produto com "sabor e uma textura irremediavelmente alterados" e com muito mais humidade. "Vão comprar água ao preço do bacalhau", salientou o responsável da AIB. Paulo Mónica adiantou que a justificação apresentada pela Dinamarca e pela Noruega é a obtenção de "um produto mais branco", para ir ao encontro das exigências do mercado, mas afirmou que, no entanto, "não existe qualquer referência científica ao uso destes aditivos como agentes branqueadores". "Os polifosfatos são vulgarmente utilizados para retenção de água e nós estamos perante um produto que se baseia na desidratação do peixe", acrescentou. A AIB já fez chegar uma carta ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelando à retirada da proposta e espera que o bom senso prevaleça. "Acreditamos que prevaleça o bom senso e que a proposta não passe ou seja retirada".

Segundo a AIB, "está em risco a própria indústria portuguesa de transformação", que emprega mais de 1800 trabalhadores, tem uma faturação de 400 milhões de euros e exporta quase 10 mil toneladas de bacalhau seco.

Fonte: Lusa. Declarações à Terra Nova.



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