terça-feira, 30 de abril de 2013

Movimentação no porto de Aveiro cresceu 20% no primeiro trimestre

O porto de Aveiro movimentou um total de 903.089,70 toneladas de mercadorias entre janeiro e março deste ano, valor que representa um crescimento homólogo de 19,64% e que faz deste o segundo melhor trimestre de sempre no porto aveirense, apenas superado pelo mesmo período de 2010.

Face ao primeiro trimestre do ano passado, o porto de Aveiro movimentou mais 148.279,20 toneladas, tendo crescido 10,60% face ao mesmo período de 2011, movimentando mais 86.567,60 toneladas.

Neste mesmo período, 39,87% do total movimentado foi carga geral, num total de 360.024,50 toneladas, o que significa um crescimento de 62,89% (mais 139.003,30 toneladas) em relação a 2012 e 34,99% (mais 93.322,30 toneladas) do que em 2011. Os granéis sólidos constituíram 33,14% do movimento total com 299.263,60 toneladas, mais 6,01% (16.967,20 toneladas) do que em 2012 e mais 5,27% (14.990,20 toneladas) em relação a 2011. Movimentaram-se ainda 243.801,60 toneladas de granéis líquidos, correspondentes a 27,00% do tráfego total de mercadorias registado neste período.

A ferrovia continua com uma prestação assinalável, tendo movimentado 166.594,45 toneladas, correspondentes a 18,45% do tráfego total do Porto neste primeiro trimestre de 2013. Isto significa um acréscimo de 7,84 pontos percentuais em relação a 2012 e 4,93 pontos percentuais em relação 2011.

Nos primeiros três meses do ano escalaram o porto de Aveiro um total de 219 navios, mais 14,66% (mais 28 navios) do que em 2012 e mais 0,46% (1 navio) do que em 2011. O total de arqueação bruta atingiu as 837.698,00 toneladas, mais 19,17% (134.731,00 toneladas) do que em 2012 e mais 4,66% (37.332 toneladas do que 2011. No que diz respeito ao comprimento, o total verificado foi de 21.804,00 metros, mais 16,34% (3.063,00 metros) do que em 2012 e mais 2,59% (551,00 metros) do que em 2011.

O porto de Aveiro movimentou um total de 903.089,70 toneladas de mercadorias entre janeiro e março deste ano, valor que representa um crescimento homólogo de 19,64% e que faz deste o segundo melhor trimestre de sempre no porto aveirense, apenas superado pelo mesmo período de 2010. 

Face ao primeiro trimestre do ano passado, o porto de Aveiro movimentou mais 148.279,20 toneladas, tendo crescido 10,60% face ao mesmo período de 2011, movimentando mais 86.567,60 toneladas.

Neste mesmo período, 39,87% do total movimentado foi carga geral, num total de 360.024,50 toneladas, o que significa um crescimento de 62,89% (mais 139.003,30 toneladas) em relação a 2012 e 34,99% (mais 93.322,30 toneladas) do que em 2011. Os granéis sólidos constituíram 33,14% do movimento total com 299.263,60 toneladas, mais 6,01% (16.967,20 toneladas) do que em 2012 e mais 5,27% (14.990,20 toneladas) em relação a 2011. Movimentaram-se ainda 243.801,60 toneladas de granéis líquidos, correspondentes a 27,00% do tráfego total de mercadorias registado neste período.

A ferrovia continua com uma prestação assinalável, tendo movimentado 166.594,45 toneladas, correspondentes a 18,45% do tráfego total do Porto neste primeiro trimestre de 2013. Isto significa um acréscimo de 7,84 pontos percentuais em relação a 2012 e 4,93 pontos percentuais em relação 2011.

Nos primeiros três meses do ano escalaram o porto de Aveiro um total de 219 navios, mais 14,66% (mais 28 navios) do que em 2012 e mais 0,46% (1 navio) do que em 2011. O total de arqueação bruta atingiu as 837.698,00 toneladas, mais 19,17% (134.731,00 toneladas) do que em 2012 e mais 4,66% (37.332 toneladas do que 2011. No que diz respeito ao comprimento, o total verificado foi de 21.804,00 metros, mais 16,34% (3.063,00 metros) do que em 2012 e mais 2,59% (551,00 metros) do que em 2011.

Fonte: Cargo 
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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Estaleiro Tersan entrega "Havbryn"

Apesar de em Portugal a aquisição de novas unidades para a pesca longínqua ter estagnado há muito, lá fora, existem outros a esfregarem as mãos de alegria, com os seus novos "brinquedos".

A Strand Fiskelsrap, um armador Norueguês, encomendou ao gabinete de projetos Norueguês Skipsteknisk AS, cediado em Alesund, o projecto para um novo arrastão popa. Este viria ser construído na Turquia no Estaleiro Tersan, e entregue no passado dia 19 de Abril de 2013.

O "Havbryn" é um moderníssimo arrastão popa, de aproximadamente 70m de comprimento, 14,5m de boca, equipado com uma máquina de 6000 cavalos, e uma velocidade 15 nós.

Fotografia de Skipsteknisk AS.
Tem 1,500 m3 de capacidade de carga congelada, 72 toneladas de processamento por dia e acomoda 30 pessoas. Em termos de processamento do pescado, as principais empresas responsáveis foram a Optimar e a Teknotherm.


Neste mesmo estaleiro estão ainda em construção mais quatro unidades, para diferentes armadores Noruegueses.

Podem ver mais fotografias deste navio  aqui:

http://www.tersanshipyard.com/ProjectDetails.aspx?ProjectId=71#ad-image-47 (clicar para aceder)

É certo que não voltaremos a ter a frota que outrora povoou os nossos portos de pesca. Não é só a crise que não o deixa, é também um adaptar às cotas existentes, à tão necessária sustentabilidade dos recursos marinhos. No entanto, os poucos que podemos ter, podem ser deste género, ou melhores. Modernas máquinas de pesca, eficazes, competitivas e com tecnologia portuguesa, pensada e feita em Portugal. Assim faz a Islândia e a Noruega. Até as pequenas Ilhas Faroe conseguem ser altamente competitivas neste feroz mercado, com o exemplo da Vónin.

Num país pequeno como o nosso, a exportação de tecnologia e de produtos é a chave para sair da crise. O consumo interno não é suficiente, e é num mercado como o da pesca, dos cruzeiros, da construção naval e industrias associadas, que iremos encontrar a luz ao fundo do túnel. Contudo, quando se canibalizam estaleiros com enorme reputação no mercado, e com provas dadas, como é o caso dos ENVC, essa luz vai-se apagando, e de repente, ficamos todos às escuras, alimentados pelos caríssimos "financiamentozinhos" da UE, e controlados à distância como meros robôs.

E pensar que já dividimos o mundo em dois com Espanha...

Notícia no World Fishing News:
http://www.worldfishing.net/news101/shipyardsrepairers/tersan-shipyard-delivers-havbryn

Até à próxima!

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terça-feira, 16 de abril de 2013

Noruega em Aveiro

Entrou no passado Domingo, por volta das 18h00, o navio de investigação "Noruega" que se encontrava já desde bem cedo ao largo.


O "Noruega" encontra-se a realizar pesquisas com a finalidade de estimar a distribuição espacial e a abundância de pequenos peixes pelágicos, nomeadamente a sardinha, biqueirão, carapau e cavala.

Estas campanhas fazem parte do Plano Nacional de Amostragem Biológica (PNAB) que é co-financiado pela União Europeia e em última análise dão apoio ao sector das pescas e à gestão das pescarias.

O Noruega foi construído em Bergen, na Noruega, pois está claro, nos estaleiros Mjellem & Karlsen, em 01/09/1978, para Instituto Nacional de Investigação das Pescas. Curiosamente já teve como porto de registo a grande cidade de Aveiro, tendo recentemente mudado para Lisboa, aquando da última docagem na Navalrocha. Neste última docagem, quando já se falava no seu abate e compra de um substituto, o "Noruega" viu o nome do seu instituto alterado, tendo sido alvo também de beneficiações, por forma a manter a sua operacionalidade. 

Não esquecer que este navio foi financiado pela Noruega, país que curiosamente dispõem também de um navio semelhante, construído em 1980, ainda a operar, o "Håkon Mosby". Não é, no entanto, o mais moderno, pois o imponente "G.O. Sars" cumpre essa função, acompanhado por mais 4 navios de dimensões aproximadas, mas mais antigos.


Contudo, para Portugal. este navio é o maior, no que à investigação das pescas diz respeito, que dispomos até ao momento, e o segundo, num total de navios dedicados a este tipo de investigação.


É bom ver estes navios operacionais, e a cumprirem a sua função. Não é vergonha nenhuma operar um navio com 35 anos, vergonha é não saber aproveitar e estimar estes navios que com o devido cuidado, ainda têm muito para dar num país com 17 vezes mais mar que terra. 

Seria interessante, como é óbvio, investir num navio mais moderno, ou com melhores capacidades, para que a tão necessária investigação das pescas, não fique deixada ao acaso. Vamos ver o que o futuro nos reserva.


Foi falha minha, ou não existem informações sobre este navio no site do IPMA? Estranho...

 Até à próxima!
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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Frota de Luto

Ao que pude apurar, terá falecido ontem um tripulante a bordo do navio de pesca por arrasto "Joana Princesa", do Grupo Silva Vieira. O navio já se encontra a caminho do porto de São João da Terra Nova, no Canadá.

Estes fatídicos acontecimentos fazem-nos lembrar o quão difícil e triste é esta vida ligada ao Mar. 

A toda a família e amigos de Domingos Mala, os meus mais sinceros sentimentos.


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terça-feira, 2 de abril de 2013

Pescadores da Noruega preocupados com crise em Portugal

A mais de quatro mil quilómetros de distância, nas remotas ilhas Lofoten, o estado da economia portuguesa preocupa simples pescadores noruegueses, afetados pela perda de poder de compra do principal importador de bacalhau norueguês.~

Antes do Natal, o preço do quilo baixou de 15 coroas (dois euros) para menos de 10 coroas (1,33 euros) coroas, disseram-nos que era por causa da crise na Europa", conta Karl Johnsen, ao leme da traineira Gisloyvaering.

Embora não esteja a par dos pormenores da situação financeira ou política, nem nunca tenha visitado o país, este quinquagenário sabe que é para Portugal que vai grande parte do bacalhau que pesca, onde é consumido sobretudo salgado.

Segundo o Conselho Norueguês das Pescas (CNP), em 2012, a Noruega exportou para Portugal 42.445 toneladas de bacalhau, equivalente a 211 milhões de euros, menos 15% do que as 47.511 toneladas do ano anterior, correspondentes a 248 milhões de euros.

A redução dos preços nos portos concluída em dezembro foi o resultado de negociações entre associações de pescadores e representantes da indústria de processamento.

A principal razão apontada foi o aumento da quota de pesca do bacalhau da Noruega em cerca de 30%, para um valor recorde de um milhão de toneladas, graças à boa condição dos 'stocks' no mar de Barents.

Porém, as dificuldades nos mercados europeus foram invocadas tanto por pescadores como pela indústria alimentar para justificar a decisão.

"A quebra de preço na origem tem que ver com o crescimento da quota de pesca nos últimos anos. Há seis anos a quota de pesca norueguesa era de 260 mil toneladas. Este ano é de 480 mil toneladas. Como se pode perceber quando a quota duplica, o preço cai para metade", justificou Christian Nordahl, representante do CNP em Portugal.

A descida dos preços veio agravar o declínio da atividade, que ainda é maioritariamente feita de forma tradicional ao largo das ilhas Lofoten, à rede ou à linha.

"Um dos meus irmãos vendeu o barco, foi trabalhar para [a indústria d]o petróleo. Trabalha um mês e descansa outro, e ganha mais dinheiro", revelou o pescador à agência Lusa.

Bernt-Andreas Johnsen, de 43 anos, que partilha a traineira com o irmão mais velho, também se queixa: "Por causa dos problemas financeiros na Europa, precisamos de pescar mais para ganhar o mesmo dinheiro".

Ao mesmo tempo, professa um amor à profissão que corre nas veias da família há várias gerações.

Os dois irmãos trabalham intensivamente durante a época do "skrei", entre 01 de janeiro e 30 de abril, bacalhau que migra na fase da desova e que pode ser encontrado no mar da Noruega, ao largo das ilhas Lofoten.

Saem diariamente às 04:30 horas e só regressam depois das 12:00 horas, enfrentando temperaturas negativas, a neve e a escuridão do inverno ártico.

Num dia bom, podem apanhar nas redes nove mil quilos de bacalhau, mas há outros em que se ficam pelas centenas de quilos.

Se não conseguirem esgotar a quota de 225 toneladas que possuem, terão de viajar mais longe, até ao mar de Barents.

É naquelas águas que se concentram os maiores 'stocks' de bacalhau, mas onde há também maior concorrência, incluindo de barcos portugueses.

Nos próximos anos é possível que a quota de pesca de bacalhau regrida, o que poderá fazer o preço aumentar novamente.

Os irmãos Johnsen esperam que, entretanto, a situação na Europa melhore, e Bernt-Andreas faz "figas" para que Portugal encontre petróleo, o mesmo recurso que tornou a Noruega um dos países mais ricos do mundo.

"Nós já temos muito, faz mais falta a Portugal", garante o pescador, que desabafa: "Espero sinceramente que Portugal recupere".

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

(dia das mentiras) Armador Português adquire dois novos arrastões

Infelizmente esta era a mentira do Roda do Leme para o dia 1 de Abril. Seria uma óptima notícia para Portugal que tal se concretizasse, ou com navios novos, ou mesmo com navios em segunda mão. A ver vamos! A Esperança é a última a morrer. 


Confirma-se o rumor de que um armador português terá firmado o contrato de compra de dois novos arrastões para a pesca na Noruega e no Canadá.

Ao que o blog Roda do Leme pôde apurar, os navios foram desenvolvidos pelo gabinete de engenharia dinamarquês Knud E. Hansen A/S, com mais de 74 anos de experiência nesta área. 

Os navios serão construídos nos Estaleiros de Viana, assim que se resolverem os impasses e adiamentos por parte do (des)Governo Português.




Estes novos arrastões fábrica terão cerca de 50 metros de comprimento, 11,25m de boca e um calado de 4,5m. 

Foram concebidos para a pesca pelágica, arrasto de fundo ou redes de cerco. Terão uma área de processamento de peixe de cerca de 300m2, e uma capacidade de carga de cerca de 700m2. Serão equipados com um motor Wärtsilä de 2600CV, eficiente e silencioso, cumprindo com as normas DNV-SILANT-F.

O custo de cada unidade será de aproximadamente 16 milhões de euros, que serão em parte comparticipados por fundos comunitários, e o restante por investidores privados.

Será certamente uma novidade bastante agradável, e que irá ajudar a renovar a nossa frota. 

Até à próxima!

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