domingo, 23 de dezembro de 2012

Murmúrios do Vento que muitos teimam em não ouvir

E tal como aqui anunciado, no passado dia 19 de Dezembro, num dia frio e chuvoso, reuniu-se um calor humano para escutar as palavras do Capitão Valdemar Aveiro e assistir ao lançamento da sua terceira e última obra literária.

Acompanhado pelo César, o fundador da página do Facebook Bacalhoeiros de Portugal, mais um maluco como eu por estes assuntos, e também pelo seu pai, lá subimos ao primeiro piso para que a compra do livro fosse feita, e a cerimónia se iniciasse.

Chegada a sua vez, lá, do canto da renovada Sala dos Mares do MMI, com casa cheia, falou o mestre da pena. Visivelmente emocionado por puder transmitir de forma eterna, os bons e maus momentos de uma vida ao Mar, Valdemar Aveiro reforçou a importância de se deixar escrito o que o tempo teima em apagar.


Numa altura em que não se sabe o futuro da pesca longínqua, é importante que quem possa, deixe registada a sua memória, para que outros possam recordá-la e saboreá-la, e quem sabe, com ela aprender a não cometer os erros do passado.

"Murmúrios do Vento" é mais uma obra sobre a Identidade Marítima, escrita por uma Entidade Marítima.


Chegada a altura da habitual dedicatória, ao entregar-me o livro, despediu-se com um firme aperto de mão, tendo dito com genuíno orgulho: - Espero que se riam bastante. Certamente que sim, pensei eu.


E assim me despeço. Oxalá houvessem mais lançamentos como este.

Feliz Natal!

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Murmúrios do Vento - Novo livro de Valdemar Aveiro

É já na próxima quarta-Feira, dia 19 de Dezembro, pelas 21h00, que Valdemar Aveiro irá lançar o seu terceiro livro - Murmúrios do Vento no Museu Marítimo de Ílhavo.



Valdemar Aveiro, um Homem conhecido pela sua arte no manuseio do leme e da pena, tem já escritas 2 excelentes obras literárias:

  • Histórias Desconhecidas dos Grandes Trabalhadores do Mar
  • 80 Graus Norte
São livros de leitura bastante acessível, carregados de bom humor, histórias de Homens que viveram aventuras do arco da velha, e que Valdemar Aveiro nos sabe tão bem contar.

Ficam então estas três sugestões para oferecer neste Natal.

Até à próxima!

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Feliz Natal

Chegámos, à época mais bonita do ano, o Natal.

Desejo a todos os meus  amigos, seguidores, leitores, e companheiros da blogosfera um Feliz Natal!

Que este Natal sirva para passar tempo com aqueles que muitas vezes deixamos de lado, por descuido, falta de tempo, ou só porque sim. Afinal esta época é para isso mesmo, para a reconciliação como se costuma dizer.

 Este ano, para ser um pouco diferente, vou criar alguns posts com sugestões para prendas.



Até à próxima e....

FELIZ NATAL!


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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

N/M Souselas

Há já algum tempo que aqui tinha guardadas as fotografias de uma das visitas do gigante "Souselas"ao Porto de Aveiro.

Este navio faz parte do grupo dos gigantes que regularmente visita o Porto de Aveiro, e que dão sempre aquele gosto especial em fotografar, não só pelas suas dimensões, mas também por toda a cuidada manobra de atracação do mesmo. 

O "Souselas" é um navio de carga geral, operado pela CIMPSHIP, uma empresa criada para gerir a frota de navios próprios ou não do grupo Cimpor, tendo sido adquirido há relativamente pouco tempo.

A Cimpor adquiriu não só o "Souselas" como também o "Témara", os dois únicos navios que são sua propriedade exclusiva.

Aqui podemos ver o "Souselas" a navegar auxiliado pelo rebocador "Mercúrio".

O "Souselas" entregue à Cimpor no dia 22 de Fevereiro do presente ano. Foi construído em 2007 na Turquia, com o nome "Ismail K". 

Tanto o "Témara" como o "Souselas" foram baptizados como nomes de locais onde a Cimpor possui fábricas, sendo que Témara é a localização da fábrica da Cimpor em Marrocos.

Fotografias tiradas a 27-06-2012.


Nesta fotografia pode ver-se também o rebocador "Salinas de Aveiro" que auxiliou as manobras de atracação.

Com o prolongamento do molhe norte, certamente que maiores navios demandarão a nossa barra, dinamizando o Porto de Aveiro, e desta forma criando uma frente de combate à crise, que é o que o país mais neste momento precisa.

Características:

Número oficial -  9394234 (IMO)
Indicativo de chamada -  CQLA 
Comprimento fora-a-fora -  157,9 m 
Boca (largura) -  23,2 m 
Calado -  8,1m 
Arqueação bruta  - 14.116 GT 
Porte bruto -  21.058 t 
Capacidade de carga (granel) -  26.631 m3
Meios de descarga próprios  - 4  gruas  de  30  toneladas  de  elevação  cada, equipadas com garras de 10 m3
Máquina propulsora - 1 motor Diesel MAN B&W, modelo 8535 MC  
Potência da máquina principal -  7.939 cv
Velocidade de serviço
-  13 nós, cerca de 24 Km por hora 
 
Informação retirada do press release da Cimpor.

Até à próxima!


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sábado, 1 de dezembro de 2012

Entrada do França Morte

Para quem costuma seguir o blog, e já o conhece há algum tempo, sabe que este navio em particular poucas vezes figurou neste espaço.

Pois bem, hoje, dia 1 de Dezembro, o gigante "França Morte" viu pela primeira vez a sua entrada fotografada por uma objectiva que o esperava pacientemente há 102 dias. 

Num dia frio de Inverno, com vento para ajudar à festa, o sol quis aparecer e tornou esta entrada menos desconfortável para quem quis assistir.

E tal como indicava na informação do AIS, quase que com uma pontualidade inglesa, às 10h26 lá aparecia o "França Morte" no horizonte.


Vindo do Porto de Vigo, Espanha, onde descarregou, o balanço do navio à entrada era notório, mas nada que possa afectar este gigante calejado e feito para lidar com Mar de outra categoria.



Auxiliando a entrada, o sempre fiel "Salinas de Aveiro", rebocador da Tinita.


A tripulação, que acenava aos seus familiares, estava desejosa de calcar o betão do chão do Terminal Norte, bem mais firme e seguro que o convés do navio.



Construído em Espanha, nos ASTILLEROS JOSE VALI JOSE VALIÑÑA, S.A., na Corunha, no ano de 2005, trata-se efectivamente do mais moderno arrastão de pesca longínqua a operar em Portugal. Pertence ao armador Pedro França, detentor também do "Lutador" e do "Aveirense", tendo realizado 3 viagens este ano, totalizou 245 dias de mar, mais coisa menos coisa.


E é com esta foto que me despeço! 

Ficamos então à espera do "Pascoal Atlântico", que se tudo correr bem fechará este ano, contando já com 131 dias de mar.

Lá para Janeiro, se não for antes, começa tudo novamente, um ciclo que se repete desde há muitos anos na concretização efectiva da nossa ligação com o Mar. Não é com conversas fiadas, discussões políticas, e jogos de xadrez que se ataca o Mar, é com tripulações devidamente formadas, treinadas, e navios eficazes e competitivos. São as Naus, e toda uma estrutura de suporte às mesmas que torna um país como o nosso num país do Mar. Com as Naus a ficarem velhas, e as estruturas a desaparecer, a nossa Independência, celebrada hoje, torna-se cada vez mais numa miragem, e o Fado que nos espera será outro, bem mais triste e cinzento.

Mas claro, positivo como sou, algo de melhor nos espera, ou não tivéssemos cruzado os Sete Mares!

Até à próxima!


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